Avançar nas lutas com o novo movimento estudantil! Romper com a UNE e construir uma nova entidade nacional
Ao nos depararmos com todos esses problemas e desafios colocados para nós, estudantes, fica mais fácil perceber que precisamos colocar as nossas lutas em um outro patamar para levá-las às suas últimas conseqüências. Entendemos a reorganização do movimento estudantil como uma necessidade. Os problemas que enfrentamos são parte deuma política nacional do governo para a educação, que só será combatida com um enfrentamento que também se dê em nível nacional, coordenando as lutas dos estudantes tanto das universidades públicas, como das privadas e com os secundaristas. As lutas que despontaram em todo o país nos últimos anos, expressas de maneira mais significativa nas importantes ocupações de Reitoria contra o Reuni que se alastraram por todo o país, demonstram claramente essa necessidade. Todas as mobilizações tiveram como pontos em comum a exigência de uma universidade de qualidade, comprometida com os problemas da sociedade, e a contrariedade ao projeto de ataque à universidade publica levado a frente pelo governo Lula/PT, que tem no Reuni sua maior expressão. Para derrotarmos este projeto é necessário estarmos junto dos trabalhadores de dentro e de fora da universidade, defendendo suas condições de trabalho como parte fundamental de uma universidade de qualidade e comprometida com os anseios da população.No entanto, a grande dificuldade do movimento estudantil foi unificar essas mobilizações que aconteciam em todo o país, com as mesmas reivindicações, e lhes conferir um caráter nacional. Mesmo tendo pautas muito semelhantes e orientadas para barrar um mesmo projeto, as dezenas de ocupações de Reitoria que aconteceram em 2007 e 2008 acabaramficando dispersas. Isso não aconteceu por acaso. A União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade que deveria nos representar, se recusa a levar à frente qualquer tipo de mobilização, e opta por se posicionar ao lado do governo em todos os ataques que ele realiza contra as universidades. Transformada em uma verdadeira fábrica de carteirinhas que ganha dinheiro às Avançar nas lutas com o novo movimento estudantil! Romper com a UNE e construir uma nova entidade nacional nossas custas, a entidade está hoje mais interessada em defender o governo e seu projeto de privatização das universidades públicas, agindo diretamentecontra os interesses dos estudantes.
A própria estrutura da UNE já está totalmente corrompida e atrelada às instâncias governamentais. Nos seus congressos não existe nenhum espaço para o debate político. A direção da entidade (PT e PCdoB, representada nestas eleições pela Chapa 1) promove todo tipo de fraude e, inclusive, utiliza a violência física contra aqueles que as questionam - o que inviabiliza qualquer tipo de disputa dos seus rumos. Se não bastasse isso, quando os estudantes organizam uma mobilização, a UNE tenta destruí-la - quer seja se aproveitando de sua estrutura e visibilidade nos jornais e na TV para dizer que as mobilizações não têm legitimidade, quer seja tentandominá-las para impedir que alcancem seus objetivos.
Para que todas estas mobilizações que hoje ocorrem de maneiraisolada pelo país se unifiquem, achamos de importância fundamental a construção de uma nova entidade capaz de representar os estudantes a nível nacional. Essa entidade deve ser o instrumento de relação entre as reivindicações mais especificas dos estudantes de cada curso comuma plataforma geral, capaz de transformar a universidade num espaço a serviço da transformação social, e que na prática mostre sua atuação como uma claro diferencial, levando solidariedade acada luta.
A própria estrutura da UNE já está totalmente corrompida e atrelada às instâncias governamentais. Nos seus congressos não existe nenhum espaço para o debate político. A direção da entidade (PT e PCdoB, representada nestas eleições pela Chapa 1) promove todo tipo de fraude e, inclusive, utiliza a violência física contra aqueles que as questionam - o que inviabiliza qualquer tipo de disputa dos seus rumos. Se não bastasse isso, quando os estudantes organizam uma mobilização, a UNE tenta destruí-la - quer seja se aproveitando de sua estrutura e visibilidade nos jornais e na TV para dizer que as mobilizações não têm legitimidade, quer seja tentandominá-las para impedir que alcancem seus objetivos.
Para que todas estas mobilizações que hoje ocorrem de maneiraisolada pelo país se unifiquem, achamos de importância fundamental a construção de uma nova entidade capaz de representar os estudantes a nível nacional. Essa entidade deve ser o instrumento de relação entre as reivindicações mais especificas dos estudantes de cada curso comuma plataforma geral, capaz de transformar a universidade num espaço a serviço da transformação social, e que na prática mostre sua atuação como uma claro diferencial, levando solidariedade acada luta.
‘Neutralidade’ que só atrasa as lutas: é preciso ter uma
posição sobre a reorganização do movimento estudantil!
posição sobre a reorganização do movimento estudantil!
Se entendemos que a UNE é hoje um entrave aos estudantes que organizam suas lutas em defesa da educação, como abrir mão de posicionarse sobre isso? É preciso tirar uma lição dos processos de lutas pelos quais passamos nos últimos anos: só alcançaremos vitórias concretas na luta contra o Reuni, por mais verbas para a educação, mais assistência, contra a precarização da educação e do trabalho e em defesa da universidade pública quando formos capazes de unificá-las nacionalmente, o que passa pela construção de uma nova entidade estudantil e de sua implementação na prática, nas lutas como uma alternativa. Posicionar-se, portanto, diante do processo de reorganização do movimento estudantil é uma necessidade para sermos conseqüentes com as nossas lutas e as levarmos às últimas conseqüências, garantindo vitórias concretas para os estudantes.
Esse processo de reorganização já acontece em todo o país. Estudantes em luta já estão dando importantes demonstrações de que estão decididos a reverter o jogo e construir o novo movimento estudantil. Diante da necessidade de rompermos com a velha estrutura da UNE observamos, lamentavelmente, neste processo de eleições para o DCE, a Chapa 2 - atual direção da entidade - optando pela falta de conseqüência em seu discurso e em sua prática. Mesmo reconhecendo que a UNE já esta irremediavelmente falida como representação estudantil, se nega a defender a ruptura com a entidade e a abrir esta discussão com o conjunto dos estudantes, já que muitos de seus integrantes permanecem na entidade disseminando a ilusória concepção de "oposição à direção majoritária" - que, na prática, só serve para dar à UNE o direito de falar em nosso nome e, em contrapartida, para garantir alguns míseros benefícios para aqueles que
têm cargos na sua diretoria.
Essa unidade artificial que sustenta a Chapa 2 impede que assuma uma posição clara sobre o tão importante processo de reorganização do movimento estudantil, ainda mais em uma eleição em que a UNE (Chapa
1) aparece defendendo claramente os ataques do governo à educação. Essa mesma fragilidade se expressa na incapacidade da atual gestão de dar uma resposta concreta à luta contra o Reuni, por mais verbas, assistência estudantil e a vários problemas objetivos em relação aos quais o movimento estudantil precisa se posicionar e agir, como as recentes enchentesque afetaram os trabalhadores do Rio de Janeiro.
Esse processo de reorganização já acontece em todo o país. Estudantes em luta já estão dando importantes demonstrações de que estão decididos a reverter o jogo e construir o novo movimento estudantil. Diante da necessidade de rompermos com a velha estrutura da UNE observamos, lamentavelmente, neste processo de eleições para o DCE, a Chapa 2 - atual direção da entidade - optando pela falta de conseqüência em seu discurso e em sua prática. Mesmo reconhecendo que a UNE já esta irremediavelmente falida como representação estudantil, se nega a defender a ruptura com a entidade e a abrir esta discussão com o conjunto dos estudantes, já que muitos de seus integrantes permanecem na entidade disseminando a ilusória concepção de "oposição à direção majoritária" - que, na prática, só serve para dar à UNE o direito de falar em nosso nome e, em contrapartida, para garantir alguns míseros benefícios para aqueles que
têm cargos na sua diretoria.
Essa unidade artificial que sustenta a Chapa 2 impede que assuma uma posição clara sobre o tão importante processo de reorganização do movimento estudantil, ainda mais em uma eleição em que a UNE (Chapa
1) aparece defendendo claramente os ataques do governo à educação. Essa mesma fragilidade se expressa na incapacidade da atual gestão de dar uma resposta concreta à luta contra o Reuni, por mais verbas, assistência estudantil e a vários problemas objetivos em relação aos quais o movimento estudantil precisa se posicionar e agir, como as recentes enchentesque afetaram os trabalhadores do Rio de Janeiro.